quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O AMOR


O amor é pedra,
é sono.
É casa fugida. É cacunda. É tiro. É morte planejada.
É sem colo.

É  soro positivo.
É  um dia
e mais outro. 
É flanela no vidro.
É carro riscado.

O amor é farinha.
É vigília em viaduto.
É um troço.
É pacote de erva. É cheiro de álcool.
É a primeira esquina.
É barriga vazia.

É filho abortado
no saco do lixo.
O amor é sem dó.

É um dia e mais outro.
É batida no peito.
Uma,
duas,
até arrebentar.


O amor é pedra, é sono. É casa fugida. É cacunda. É tiro. É morte planejada. É sem colo. É soro positivo. É um dia e mais outro. É flanela no vidro. É carro riscado. O amor é farinha. É vigília em viaduto. É um troço. É pacote de erva. É cheiro de álcool. É a primeira esquina. É barriga vazia. É filho abortado no saco do lixo. O amor é sem dó. É um dia e mais outro. É batida no peito. Uma, duas, até arrebentar.


Nenhum comentário: